João Dias, médico oncologista do IPO do Porto, foi o palestrante convidado do simpósio promovido pela MSD na AEOP15.
A gestão de eventos adversos imunomediados e da toxicidade associada ao tratamento com pembrolizumab foi o foco da sua apresentação, centrada nas duas mais recentes aprovações deste fármaco (fevereiro de 2022): em combinação com axitinib está indicado para o tratamento em primeira linha de carcinoma de células renais (CCR) avançado em adultos, histologia de células claras e risco intermédio; em monoterapia ou em combinação com quimioterapia com platina e 5-fluorouracilo (5-FU) está indicado para o tratamento em primeira linha de carcinoma de células escamosas da cabeça e pescoço metastático ou recorrente irressecável (CCECP), em adultos cujos tumores expressam PD-L1 com um CPS >=1.
Em Portugal, atualmente, “o pembrolizumab está aprovado no tratamento de sete neoplasias malignas, o que o torna num dos fármacos de espectro mais alargado na área da Oncologia”, salientou o clínico.
Entre os eventos adversos imunomediados mais graves decorrentes desta terapêutica, destacam-se a colite, a hepatite e a pneumonite e entre os mais comuns, o prurido, as artralgias e a fadiga, apontou o especialista. Prevenir, antecipar, detetar, tratar e monitorizar é o ciclo indispensável à gestão destes eventos adversos, concluiu.